Como também vimos em "Investimento Internacional", ao investir parte do capital em vários países desenvolvidos, você pode obter retornos mais altos e riscos menores quando comparado a uma carteira de investimentos totalmente nacional. O que ainda não tínhamos dito, até agora, era que a diversificação entre mercados desenvolvidos e emergentes pode levar a ganhos ainda maiores e riscos ainda menores do que uma carteira composta apenas por ativos de países ricos.
Embora as ações dos mercados emergentes tendam a ser mais arriscadas do que as ações dos mercados desenvolvidos, eles ajudam a diversificar ainda mais as carteiras, diminuindo consequentemente os riscos. Isso acontece porque as ações dos mercados emergentes não estão perfeitamente correlacionados as ações dos países ricos. De acordo com os dados históricos de Malkiel (Princeton) e Mei (Universidade de Nova York), os investidores avessos ao risco teriam um portfólio ideal composto por 61% dos EUA, 26% de outros mercados desenvolvidos e 13% de ações de mercados emergentes. Nenhuma combinação de portfólio apenas de países desenvolvidos é mais segura do que isso. Além disso, investidores que gostam de riscos colocariam todos os seus investimentos em mercados emergentes, uma vez que eles apresentam os maiores retornos, em média.
Gráfico 1. Carteira de ações ideal dos EUA, outros países desenvolvidos e mercados emergentes
Retornos Financeiros
Os retornos do mercado financeiro estão relacionados ao crescimento econômico, produtividade, e risco (Siegel, 1998). Ações são pedaços de empresas. Consequentemente, quando a economia está indo bem em geral, as empresas / ações tendem a se sair bem. Quando a economia está em recessão, as empresas / ações tendem a apresentar um desempenho ruim. Os mercados emergentes superaram economicamente os países desenvolvidos por décadas e essa tendência deve continuar. Três
décadas atrás, os mercados subdesenvolvidos (Global South) representavam menos de 40% da produção econômica do mundo. Em 2010, os mercados emergentes já representavam a maioria do PIB global (Hu et al, 2014). Portanto, não surpreende que as ações nos países em desenvolvimento têm dados retornos financeiros muito mais altos do que as ações dos países ricos há décadas e espera-se que essa tendência continue por muito tempo. De 2000 a 2018, por exemplo, as ações de mercados emergentes deram aos investidores 8,65% de retorno anual em média, enquanto o mundo em média deu retornos de 4,94%, como se pode ver no Gráfico 3 (MSCI, 2018). Em 2011, os mercados emergentes representaram cerca de 1/3 da capitalização mundial de ações, em comparação com menos de dez por cento em 2001 (Mobius, 2012). De acordo com o Fundo de Mercados Emergentes de Templeton, 1988 a 2012, os mercados emergentes superaram o mercado dos EUA em mais de 900% e o mercado mundial como um todo em mais de 1300%.
Os mercados emergentes tendem a continuar superando os mercados desenvolvidos, em parte porque, quando os países ainda são pobres, eles podem aumentar significativamente suas taxas de crescimento simplesmente introduzindo mão de obra na força de trabalho. Países subdesenvolvidos, como a China, alcançaram um progresso notável, em boa medida, movendo sua população das áreas rurais para trabalhar em indústrias e outros empregos urbanos. Além disso, os países em desenvolvimento podem copiar tecnologias inventadas em países ricos para aumentar sua produtividade. À medida que os países ficam mais ricos, sua população se torna quase toda urbana, de modo que eles não podem mais criar um crescimento substancial simplesmente introduzindo mão de obra no mercado. Além disso, os países desenvolvidos já estão produzindo quase na quantidade máxima de produção |
Gráfico 2. Porcentagens do PIB total mundial entre países subdesenvolvidos (South) e desenvolvidos (North)
Nota: 2020 e 2030 são previsões (Hu et al, 2014).
Gráfico 3. Desempenho das Ações: Mercados Subdesenvolvidos vs. Desenvolvidos (2003-2018) Nota:
MSCI ACWI - Desempenho aproximado das bolsas ao redor do mundo, em geral. MSCI Emerging Markets - Desempenho aproximado de bolsas em mercados emergentes. |
possível, dados os níveis contemporâneos de tecnologia e os fatores de produção. Consequentemente, as duas formas gerais de gerar crescimento tornam-se melhorias no capital humano e físico (Acemoglu, 2009). No entanto, para melhorar esses fatores de produção, ou seja para melhorar o nível de educação das pessoas ou desenvolver novos computadores, leva muito mais tempo e custa mais do que simplesmente copiar tecnologias já inventadas e introduzir mão-de-obra nos mercados. Em outras palavras, os países ricos têm, de certa forma, seu crescimento econômico limitado, enquanto mercados emergentes podem alcançar taxas de crescimento muito mais altas a custos mais baixos.
Além disso, os mercados emergentes são mais perigosos que os países desenvolvidos, em média. Portanto, assim como as ações pequenas e de valor, existe um prêmio para os investidores dispostos a assumir tais riscos.
Riscos
O mercado emergente não é mais perigoso? Sim, mas como o ganhador do Nobel Harry Markowitz demonstrou, a compra de ativos de risco (por exemplo, ações de mercados emergentes) pode AUMENTAR a segurança do portfólio. Isso acontece porque quanto menor a correlação entre ativos, maior é a redução de risco que pode ser alcançada. Mercados emergentes e mercados desenvolvidos não são muito bem correlacionados. De fato, as economias de mercados emergentes são menos correlacionadas com os países ricos do que a América do Norte e a Europa são correlacionadas entre si. Por exemplo, historicamente, a cada 10 vezes a economia dos EUA está em recessão, a economia do Reino Unido estará em recessão aproximadamente 9,8 vezes. A correlação entre economias de estados desenvolvidos e em desenvolvimento é muito menor (Mobius, 2012).
Além disso, os mercados emergentes são mais perigosos que os países desenvolvidos, em média. Portanto, assim como as ações pequenas e de valor, existe um prêmio para os investidores dispostos a assumir tais riscos.
Riscos
O mercado emergente não é mais perigoso? Sim, mas como o ganhador do Nobel Harry Markowitz demonstrou, a compra de ativos de risco (por exemplo, ações de mercados emergentes) pode AUMENTAR a segurança do portfólio. Isso acontece porque quanto menor a correlação entre ativos, maior é a redução de risco que pode ser alcançada. Mercados emergentes e mercados desenvolvidos não são muito bem correlacionados. De fato, as economias de mercados emergentes são menos correlacionadas com os países ricos do que a América do Norte e a Europa são correlacionadas entre si. Por exemplo, historicamente, a cada 10 vezes a economia dos EUA está em recessão, a economia do Reino Unido estará em recessão aproximadamente 9,8 vezes. A correlação entre economias de estados desenvolvidos e em desenvolvimento é muito menor (Mobius, 2012).
Portanto, se você mora em um estado rico e seu país entra em crise econômica, é mais provável que investimentos em mercados emergentes compensem suas perdas locais do que investimentos em outros estados ricos. Por exemplo, durante a crise financeira de 2008, os EUA e a União Européia tiveram recessões mais longas e profundas do que os mercados emergentes. Alguns países como Grécia e Espanha ainda não se recuperaram totalmente, uma década após a crise. Consequentemente, investidores com carteiras bastante diversificadas entre países (ou seja,
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aqueles que incluíam mercados emergentes) desfrutaram de ganhos mais altos e menores volatilidades do que os portfólios com ativos apenas de países ricos. Indivíduos que vivem em mercados emergentes também têm grandes benefícios em investir em outros países em desenvolvimento, pois essas economias são muito pouco correlacionadas. Por exemplo, a cada 10 vezes que a economia tailandesa esta fraca, a economia egípcia também estará fraca aproximadamente 2,8 vezes. A cada 10 vezes que a economia turca esta fraca, a economia nigeriana também estará fraca aproximadamente 3,2 vezes (Mobius, 2012). Veja a prova matemática de como investimentos mais perigosos podem diminuir o risco de uma carteira em "Risco Pode Levar a Segurança".
"Diversificação é seu amigo [...]" Existe a possibilidade de diversificar demais? "Não, acho que isso seja possível" - Eugene Fama, o pai das finanças modernas, Prêmio Nobel de 2013 Qual é o portfólio de investimentos perfeito? "Idealmente, seria uma combinação de uma carteira real sem risco, como TIPS [...] e de todos os títulos e ações negociáveis do mundo". - William Sharpe, Prêmio Nobel de 1990 |
Fontes:
IMPORTANTE: Não há estratégia de imposto ou investimento que é claramente melhor. Tudo depende de seus objetivos e recursos.
Por exemplo, você está disposto a morar fora? Onde? Quanto tempo você quer ficar em cada país? Qual é sua renda anual? Quanto dinheiro você está disposto a investir? Você quer ganhos de curto prazo ou investimentos a longo prazo? Quais são as suas fontes de renda? Quanto de impostos você paga anualmente? Você quer diminuir suas obrigações fiscais ou removê-lo completamente? Você vê necessidade de pagar impostos mesmo se você legalmente não precisa? Qual é a sua cidadania? Você tem múltiplas cidadanias? Dependendo de cada uma destas respostas a melhor estratégia de investimento e imposto para você será diferente. Para saber qual é a melhor opção e ajudar na implementação da estratégia, sinta-se à vontade para entrar em contato conosco.Você não precisa ser rico para criar uma carteira de investimento global. A maioria das contas bancárias e de corretagem que nós abrimos não tem depósito inicial mínimo ou taxa de manutenção. Assim, você pode investir tanto quanto desejar ou até mesmo deixar as contas vazias até que tenha capital suficiente ou interesse em investir no exterior.
- Acemoglu, Daron (2009). Introduction to Modern Economic Growth. Princeton University Press.
- Malkiel, Burton Gordon, and J.P. Mei (1998). Global Bargain Hunting: The Investor's Guide to Profits in Emerging Markets. New York: Simon & Schuster
- Markowitz, Harry (1952). "Portfolio Selection". The Journal of Finance. 7 (1): 77–91
- Mobius, Mark (2012). The Little Book of Emerging Markets: How To Make Money in the World's Fastest Growing Markets. John Wiley & Sons Inc.
- Lucas, Robert (1990). "Why doesn't Capital Flow from Rich to Poor Countries?". American Economic Review. 80 (2): 92–96.
- Siegel, Jeremy J. (1998). Stocks for the Long Run : The Definitive Guide to Financial Market Returns and Long-Term Investment Strategies (2nd ed.). New York: McGraw-Hill.
IMPORTANTE: Não há estratégia de imposto ou investimento que é claramente melhor. Tudo depende de seus objetivos e recursos.
Por exemplo, você está disposto a morar fora? Onde? Quanto tempo você quer ficar em cada país? Qual é sua renda anual? Quanto dinheiro você está disposto a investir? Você quer ganhos de curto prazo ou investimentos a longo prazo? Quais são as suas fontes de renda? Quanto de impostos você paga anualmente? Você quer diminuir suas obrigações fiscais ou removê-lo completamente? Você vê necessidade de pagar impostos mesmo se você legalmente não precisa? Qual é a sua cidadania? Você tem múltiplas cidadanias? Dependendo de cada uma destas respostas a melhor estratégia de investimento e imposto para você será diferente. Para saber qual é a melhor opção e ajudar na implementação da estratégia, sinta-se à vontade para entrar em contato conosco.Você não precisa ser rico para criar uma carteira de investimento global. A maioria das contas bancárias e de corretagem que nós abrimos não tem depósito inicial mínimo ou taxa de manutenção. Assim, você pode investir tanto quanto desejar ou até mesmo deixar as contas vazias até que tenha capital suficiente ou interesse em investir no exterior.